Trabalho no exterior


A combinação de trabalho e estudo pode ser a saída para quem planeja estudar no
exterior e não tem dinheiro suficiente para pagar todas as despesas.
Alguns países permitem que estrangeiros com visto de estudante trabalhem
enquanto estudam. É o caso da Australia, Inglaterra e da Irlanda.
Essas nações lideram o ranking das mais procuradas pelos brasileiros que
precisam ganhar dinheiro enquanto estudam, segundo informações da associação
brasileira de agências de intercâmbio, Belta (Brazilian Educational &
Language Travel Association).
Segundo o diretor financeiro da Belta, César Bastos, os rendimentos dos
universitários que ingressam no mercado internacional variam entre US$ 7 e US$
15 por hora, dependendo do emprego e do país de destino. "Não dá para ficar rico
com a experiência, mas a remuneração é suficiente para se manter, sem grandes
luxos, durante o intercâmbio".
O compromisso de encontrar um emprego no país estrangeiro é do estudante.
Algumas instituições de ensino e agências oferecem suporte, indicando
entrevistas, mas, mesmo assim, não isentam o aluno da responsabilidade. Por
isso, para ingressar em território australiano, inglês ou irlandês é preciso
comprovar condições financeiras, até como garantia para seguir os estudos e
lidar com os imprevistos.
Entre as opções de emprego, há os estágios em diferentes áreas de conhecimento,
como administração de empresas, economia, marketing, webdesign, biologia e
engenharias. Também há o que no Brasil é considerado subemprego, como vagas de
garçom, camareiro, cozinheiro, atendente de lojas, caixa de lanchonetes,
recepcionista e outras funções do setor de serviços.
"Big Brother" oficial
Mesmo sendo mais flexíveis do que outros países
de língua inglesa, Austrália, Inglaterra e Irlanda têm rígidas regras de
imigração. O governo australiano permite que estrangeiros matriculados
em cursos de no mínimo 14 semanas trabalhem durante meio período. Na
Inglaterra, estudantes inscritos em programas de 24 semanas também recebem
permissão para trabalhar meio expediente, durante o período letivo, e em
expediente integral, durante as férias escolares. Para exercer qualquer
atividade remunerada na Irlanda é preciso estar matriculado em programas com
duração mínima de 25 semanas.A matrícula não é a única garantia para
conseguir a liberação de trabalho. A fiscalização em relação à freqüência na
escola costuma ser intensa.
Os estudantes precisam ter 80% de participação nas
aulas para manter o visto e permanecer no país."As leis estrangeiras
costumam ser sérias e criteriosas. Não há jeintinho brasileiro que faça isso
mudar", disse Vianna. Quem descumpre as regras está sujeito às punições
previstas na lei de imigração, incluindo deportação para o país de origem.
Fonte: Uol


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