Aos 80 anos, casal de aposentados já fez 55 viagens de intercâmbio


Os professores aposentados Waldomiro Barbosa de Brito, de 82 anos, e Mabel Souza de Brito, de 87, podem dizer com tranquilidade que têm mais experiência em estudar fora do País que muitos jovens estudantes. Entre Espanha, Itália, França, Noruega, Egito, eles até se confundem na hora de contar sobre os intercâmbios que fizeram que, ao todo, somam 55 viagens.

A decisão de viajar pelo mundo para aprender veio há 30 anos. Conscientes da importância da educação e da atualização do conhecimento, o casal optou por fazer sempre as viagens com cursos no pacote.

— A gente gosta mesmo de intercâmbio. Já nos tornamos os vovôs, mas não nos sentimos mal não, pelo contrário, é uma forma de deixar a cabeça funcionando e evitar doenças como o Alzheimer.

Economia

Todas as viagens do casal são feitas com o dinheiro da aposentadoria. Para Waldomiro, os intercâmbios são a maneira mais barata de viajar e as despesas dependem das escolhas do viajante.

Eles sempre optam, por exemplo, por viajar nos meses em que os estudantes estão de férias, quando os alojamentos das universidades estão livres para os intercambistas.
—Lá, temos tudo à disposição por um preço mais barato. Você pode gastar muito ou pouco, depende das escolhas que faz. Se em vez de almoçar em um restaurante chique preferir um por quilo, vai economizar.
Com três filhos e quatro netos, Waldomiro e Mabel contam com o apoio da família para fazer suas viagens e até levaram o neto adolescente para fazer um curso na Itália.

— Eles adoram e apoiam todas as nossas viagens, mas nós quem temos que incentivá-los a participar também. Há pouco tempo levamos nosso neto para um curso na Itália e ele adorou.

Cultura local

Mabel conta que o lugar que mais gostou de conhecer foi a França, e que a história do país é o que mais a fascina.

—É interessante conhecer, além do idioma, a história do local. As histórias e a cultura do povo local devem sempre ser exploradas.

Já Waldomiro diz não ter um local preferido e que “todo lugar tem seus encantos”.

— Não existe um local que eu não tenha gostado, porque a gente sempre acha alguma coisa para aproveitar. As culturas são totalmente diferentes, o que torna as viagens ainda mais interessantes.

O professor universitário aposentado completa dizendo que cada lugar deve ser visto com um olhar diferente.

— Paris é a cidade mais charmosa, Londres é a mais cultural. Roma é histórica, Madrid e Barcelona têm a vida noturna agitada. Agora, quando falamos em culturas diferentes entra na lista Noruega, Egito. Você acredita que na Síria quem escolhe o casamento é a mãe do marido?

O casal já tem o próximo destino definido: em outubro, voltam à Espanha para relembrar o idioma. Para Waldomiro e Mabel, faltam pessoas que, como eles, buscam o conhecimento pelos quatro cantos do mundo.

— A gente não conhece ninguém que faça isso também. Tem muita gente nova, mas da nossa idade assim ainda está em falta.

Fonte: R7

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