Conheça os golpes mais comuns em que mochileiros costumam cair em viagens pela Europa



Em tempos de turismo em massa, difícil é não cair em pequenos golpes durante um mochilão ou numa viagem por conta própria. Os espertinhos – de olho nos turistas um tanto encantados (e consequentemente, distraídos) com as belezas do lugar – valem-se de muita criatividade para aplicar armadilhas de tudo quanto é tipo. Essas ciladinhas podem custar dinheiro, documentos, celular, máquina fotográfica… E, claro, o encantamento pelas belezas do lugar. :(

O site de pesquisas de passagens aéreas Just the Flight criou um infográfico bonitinho com os 40 golpes mais comuns que aplicam em turistas, separando as armadilhas por países (às vezes, por continente). Destas armadilhas, vou falar sobre as que comumente acontecem na Europa. Vá anotando para não cair em nenhuma delas:

Golpe 1: o amigo da pulseirinha colorida


Você está admirando os detalhes da impressionante catedral de Milão, na Itália, quando, de repente, uma pessoa se aproxima e, todo sorrisos, te oferece uma pulseirinha de presente. A pessoa chega a falar “it’s a gift!”, e já começa a amarrar a pulseira no seu pulso. Sim, isso é uma história real. Aconteceu comigo, confesso. A sorte foi que me tiraram dali rapidinho, antes que o cara pudesse dar o nó. O ‘amigo da pulseirinha’ fez um muxoxo, fiquei até com dó, mas, bem… Era um golpe. Depois de amarrar a pulseira em você, ele vai cobrar um dinheirinho. E pode fazer o maior caso se você não quiser pagar. Uma variação desse golpe pode custar caro: o “amigo” te distrai com a pulseira enquanto um comparsa dele furta seus pertences.

Locais mais comuns: Paris, Roma, Milão, Barcelona e Cairo

Golpe 2: romantismo ou ~golpe do baú?


Essa acontece com casais: uma criança ou um idoso aproxima-se oferecendo uma rosa. Se alguém aceita a flor, o golpista pede dinheiro. E o valor costuma ser alto! O pior é que a pessoa faz você se sentir um péssimo namorado – isso quando ele não provocar constrangimento se o casal acabou de se conhecer ou nem namora. Mas o pior, mesmo, é perceber que crianças são usadas por adultos para praticarem o golpe. Dica: não toque a flor.

Locais mais comuns: Paris, Roma, Barcelona (e Brasil)

Golpe 3: o anel de ouro da discórdia (a.k.a. “my precious”)






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O golpe é praticado por mulheres, para mulheres: você está caminhando pela rua quando uma desconhecida, com o maior ar de casualidade, para de andar, encontra um anel no chão e pergunta se é seu. Você diz que não. Aí, a moça analisa o objeto e conclui que ele é de ouro (não é). Ela vai tentar te vender por um preço baixo para um anel de ouro, mas alto demais para o latão. Não compre. Aliás, nem pare se alguém te abordar na rua. E não dê uma de espertinho dizendo que o anel é seu. Pode dar problema, também!

Local mais comum: Paris


Golpe 4: bebê voador


Esse é muito criativo: uma mulher caminha em sua direção e joga um bebê (geralmente, é uma boneca) em cima de você. Enquanto você está em choque, segurando o bebê em seus braços (e ainda não reparou que é uma boneca), a mulher já revirou seus bolsos ou a sua mochila. A dica é reparar em quem vem em sua direção. E, se perceber algo estranho, desviar (ou não olhar direto nos olhos) sempre que possível.

Local mais comum: Roma


Golpe 5: o jogo dos copos


Esse golpe rolava solto nas cidades brasileiras, durante os anos 80 e 90. “Migrou” para Londres e Paris: um homem monta uma mesinha em praça pública e brinca de colocar uma bolinha em um copo de plástico. Ele vira o copo com a bolinha de boca para baixo em cima da mesa e coloca copos idênticos ao lado. Enquanto ele mexe rapidamente os copos, te desafia a descobrir em qual deles está a bolinha. Enquanto você se concentra no jogo e se distrai com o mundo ao redor, alguém furta seus objetos. Dica: não pare para ver.

Locais mais comuns: Londres e Paris


Golpe 6: uma cilada do subconsciente


Esse é digno de estar em um filme de espionagem: o ladrão coloca uma carteira roubada no meio da calçada. Quando você passa, instintivamente apalpa o bolso em que está a sua carteira, só para ter certeza de que a jogada no chão não é a sua. O ladrão observa tudo de longe e, momentos depois, aproxima-se e te furta.

Locais mais comuns: Roma e Ucrânia


Golpe 7: vai um lustre no sapato, aí, dotô?


Em Sultanahmet, bairro mais turístico de Istambul, um turco usando roupas da época do império otomano pode surgir na sua frente com um kit de engraxate, pedindo para lustrar seus sapatos (mesmo se você estiver usando um All-Star ou um CHINELO, sim, acredite, eu fui abordada de chinelo). Ele vai falar que o serviço é gratuito, por amizade, mas depois vai cobrar dinheiro. Dica: se você tirar fotos daqueles vestuários exóticos, eles também vão pedir dinheiro. Uma variação do golpe: ele derruba os instrumentos no seu pé, enquanto vocês caminham. Vai se oferecer para limpar. Se você aceitar, ele vai cobrar.

Locais mais comuns: arredores da Aya Sofia e Mesquita Azul, e praça Taksim, em Istambul, Turquia

Golpe 8: aaaaaaalecrim, alecrim dourado que-nasceu-no-campo-sem-ser-semeadoooo


Uma senhorinha com jeito de cigana te oferece um cheiroso ramo de alecrim. Depois, supersimpática, lê a sua mão. E então, adivinhe? Pede dinheiro pelos serviços. Se você se recusar a pagar, ela vai amaldiçoar você, sua família e todas as gerações de seus descendentes, até o fim do universo. #MEDO Dica: não aceite alecrim de estranhos.

Local mais comum: Madri

Golpe 9: que selfie, que nada


Esse é da época em que os celulares não tinham a função de “flipar” a câmera: o casal tenta fazer uma selfie com um belo cenário ao fundo, mas as fotos ficam bizarras. Então, um local oferece-se para tirar a foto. Ele pode:

a) Pedir dinheiro pela bela foto
b) Sair correndo com a sua máquina

Comigo, já aconteceu o seguinte: estava com o namorado em Veneza, tentando o tal selfie, quando um sul-coreano aproximou-se pedindo para fazer a foto. Ele tirou a foto, devolveu a máquina e ainda elogiou a marca: era uma Samsung :p

Essa historinha é só pra lembrar que, apesar dos golpes malucos, há sempre gente boa por aí. Vamos ficar espertos, mas sem noia!

Local mais comum: na Europa inteira

Fonte: VT

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