Nova classe média impulsiona setor de turismo no Brasil, avalia MTur

A nova classe média brasileira está exercendo importante papel no setor de turismo doméstico. Na avaliação do MTur (Ministério do Turismo), as classes C e D, com cerca de 25 milhões de novos compradores, está sendo responsável por aquecer o turismo dentro do Brasil.

Esse público está mais interessado nas viagens dentro do próprio Brasil, que é o tipo de turismo que mais se expande e responde por cerca de 85% do setor no País. De acordo o ministério, a cada dez viajantes brasileiros, nove escolhem destinos dentro do Brasil.


Turismo ao alcance da classe C


O ministro do Turismo, Gastão Vieira, entende que o aumento do poder de compra da nova classe C, somado ao fato de que o setor de turismo está se tornando mais receptivo a esse público, faz com que o turismo se torne cada vez mais ao alcance dessa classe.

Para Vieira, a meta é manter o atual ritmo de crescimento, refletindo uma cadeira produtiva que permite condições e preços mais acessíveis. Dados do Depes (Departamento de Estudos e Pesquisa) do MTur revelam que o incremento na renda de novos segmentos da população fez com que o número de brasileiros que viajam passasse de 43 milhões em 2007 para 50 milhões em 2010.

Turismo


No caso das viagens, o volume subiu 19,55% entre 2007 e 2010, passando de 156 milhões para 186,5 milhões no período. Já nos primeiros dois meses de 2012, tal tendência vem sendo confirmada. O mês de janeiro foi de recordes na série histórica, em desembarques domésticos (7,46 milhões), desembarques internacionais (950,3 milhões) e receita cambial (US$ 661 milhões).

Citando dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o mercado de serviços relacionados às viagens movimentou R$ 127 bilhões em 2011. O setor de turismo passou de 2,8% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2009 para 3,6% no ano passado, sob a ótica da oferta.

De acordo com o Instituto, a atividade turística impacta mais de 50 segmentos da economia. Os serviços de alimentação e transporte aéreo são os segmentos que mais tiveram aumento do PIB. Pelas estimativas do Ministério do Turismo, de cada 100 empregos criados na hotelaria, 26 são na indústria. A cada R$ 100 faturados pelo setor hoteleiro, outros R$ 76 são injetados na indústria.

Mercado interno forte
Analisando os efeitos da crise econômica internacional, houve impactos diretos sobre o turismo brasileiro, no entanto, o resultado foi positivo, segundo o diretor do Depes do MTur, José Lopes.

“O Brasil tem menor dependência da situação internacional, porque tem um mercado interno forte. A evolução do índice de consumo das famílias, que ficou em 4,1%, puxado pelo aumento da massa salarial, turbina esse mercado consumidor”, diz Lopes.

Fonte: Uol

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