Americanos voltam a comprar pacotes em agências de viagem


Os agentes de viagens estão de volta. Pelo menos nos Estados Unidos. Esse foi o parecer do vice-presidente de Insights da MMGY, Steve Cohen, após o último levantamento da instituição de pesquisa. Os resultados apontam que, nos últimos quatro anos, houve um salto de 50% no número de turistas norte-americanos interessados em consultar um agente de viagens.

Entretanto, Cohen aponta que os agentes poderiam ter resultados ainda melhores se tivessem uma voz mais ativa no mercado e pudessem demonstrar o quanto uma agência é capaz de fazer pelo consumidor. O pesquisador acredita que transformar a agência de viagens em marca é uma alternativa para cativar o cliente e transformar o cenário. “A proposta é cara, mas a chance de retorno é realmente grande”, disse.

Em números absolutos, o balanço da MMGY mostrou que mais de nove milhões de passageiros dos Estados Unidos querem contatar um profissional de Turismo. Se a teoria for praticada, cerca de US$ 83,7 bilhões serão adicionados a receita dos canais de distribuição como um todo.

O levantamento mostrou ainda que 34% das pessoas que integram a geração millennials, ou geração Y, já usam o serviço realizado pelo agente de viagens. A porcentagem, por sinal, tende a ser ainda maior quando o preço do bilhete aéreo para o destino escolhido é alto. Para Cohen, esses dados indicam que os millennials estão fugindo do modelo oferecido pelas OTAs e repensando seus costumes.

De acordo com a pesquisa, o perfil do cliente que frequenta a agência de viagens tem 39 anos, é casado, tem filhos e uma renda familiar anual de US$ 145,8 mil. As principais razões que levam o consumidor a procurar um agente são experiência, confiança e praticidade. Além disso, 86% dos entrevistados afirmam que o uso de um agente oferece controle maior da viagem. Outros 79% dizem que o profissional encontrará o melhor preço disponível no mercado.

A MMGY também questionou como os consumidores escolhem a agência de viagens. Segundo Cohen, a maioria dos entrevistados respondeu que chegou à agência por meio de indicações. "Em meados dos anos 90, quando as companhias aéreas estavam pagando comissão e tínhamos nomes como Liberty Travel e AAA, as pessoas conheciam as agências. Hoje, acho que a maioria das agências daqui não estão na mente do consumidor final”, opinou.

Fica a dúvida em relação ao Brasil. Qual será a taxa de utilização do agente de viagens? Será que estamos em crescimento? Fato é que, assim como nos Estados Unidos, se o setor possuísse uma voz mais ativa no mercado e soubesse demonstrar a diferença causada por um agente de viagens faz, muito provavelmente a classe seria mais valorizada.

Fonte: Panrotas

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